Monday, December 16, 2024

Oi, pessoal que quer saber sobre prospecção de clientes!

Minha Jornada para Alavancar Meu Negócio e Como Você Pode Conseguir Clientes Também

Oi! Eu sou a Mariana, tenho 23 anos e sou apaixonada pela internet e pelas oportunidades incríveis que ela oferece. Como vocês sabem, estou em uma jornada de criar minha própria escola de inglês para crianças de periferia em uma cidade onde ainda não há esse tipo de ensino. Mas, para isso, preciso de recursos, e por isso estou criando conteúdo online e utilizando o marketing digital para gerar renda e alcançar meus objetivos a curto prazo.

A realidade é que hoje eu moro com meus pais, o que me deu o tempo e o espaço necessário para investir em mim mesma e nos meus estudos. Embora o objetivo principal seja me mudar para outro estado e abrir minha escola, no momento, a chave para isso é construir uma carteira de clientes. E como fazer isso? Bem, eu estudei marketing digital e vou ser bem sincera: não fiz aquele tipo de curso de "como vender cursos". Não é isso que eu quero. Eu busquei aprender métodos que realmente me ajudassem a alavancar meus serviços e agora quero compartilhar com você.

O marketing de choque é o que mais utilizo hoje. Mas o que é isso? Basicamente, é a arte de apresentar seus serviços ou produtos de uma forma que cause impacto, que faça as pessoas pararem para pensar. É algo simples, mas exige coragem e personalidade, porque nem todo mundo tem a "cara de pau" para fazer isso. Vou deixar um exemplo para os colegas de trabalho que estou ajudando no meu grupo, mas isso vou deixar para quem pedir, não vou espalhar o link por aqui, ok?

Ah, e uma dica super importante: durante a pandemia, eu fiz um curso gratuito de marketing digital oferecido pela USP, que me ajudou a aprender os macetes dessa área. Não tem certificado, mas o conteúdo é bom e realmente me ajudou a entender os processos que aplico hoje. Se você também está começando, vale a pena buscar esse tipo de material gratuito.

A ideia aqui é simples: você pode usar métodos de marketing que realmente funcionam para conseguir seus primeiros clientes e começar a construir seu próprio negócio. Não precisa ser complicado, o segredo está em ser criativo, ter coragem e, acima de tudo, acreditar no seu trabalho.

Amanhã volto com mais dicas para vocês! Até lá, bjs e adios!



Saturday, December 14, 2024

MarÉ de azar

O mar sempre me intriga. A imensidão sempre me assustou. A beleza sempre me encantou.


Lembro de idas à praia com toda a família durante minha infância. Faça chuva ou faça sol.

Lembro da última vez que fui à praia. Foi no dia do meu aniversário de 19 anos e fui de ônibus com meu pai. Foi um sacrifício com muitas horas de viagem e chuva. Sim, você tem direito: chuva!

Demos a sorte de meu aniversário ter sido um dia regado a frio, chuva e atrasos.

Lembro do sentimento de rompimento quando chegamos na praia e nas piscinas.

Jamais me esqueçai do cheiro de maresia naquele dia. Meu pai disse "se nós estamos na chuva é pra se molhar então vamos pra piscina" e assim foi. Que dia incrível!

Aquele dia com meu pai está gravado na minha memória e no meu coração. Foi o 1° dia que me senti livre pra ser eu ao lado do meu pai. Pedi pra fazer 2 tatuagens de henna e ele deixou depois de relutar.

Uma foi o símbolo do meu signo: peixes! Muito significativo para aquele momento. Peixes representa a evolução final da grande jornada evolutiva do ser.

A outra foi uma clave de Sol. Música. O que é meu pai e eu desde o ventre de minha mãe.

Oceano. Música de Djavan que começou a tocar na hora que fomos almoçar. Prestei atenção nessa estrofe:

"Ninguém sabe o que eu sofri...
Amar é um deserto e seus temores
Vida que vai na sela essas dores"

E voltei a viver o dia.

Eu gosto de símbolos e de tornar um momento significativo em todas as suas pequenezas, minha mente funciona assim e não há como mudar.

Falei tudo isso pra dizer que nesse momento, dia 31 de julho de 2024 eu estou sentindo a cal(mar)ia invadir meu corpo.

Sinto que vou conseguir voltar a(mar) a vida.

A (Mar)iana vai florescer.

Hoje aprendi que assim como a lua tem suas fases eu também tenho as minhas. Associei essa informação a um ensino acadêmico:

"O movimento de subida e descida das águas em relação à costa é conhecido como maré. A maior responsável pela movimentação das águas dos oceanos são as fases da Lua."

Eu sou como o mar e depende das fases que preciso passar para definir a entrega.

Hoje uma irmã que conheceu durante uma missão me mandou uma mensagem sobre eu ser como a lua. Durante o dia todo conversei com pessoas mais que especiais pra mim. Todas me falaram sobre fases da vida e que essa era apenas uma delas na minha. Sou tão grata pelo Senhor está preparando um caminho repleto de alegria para mim.

Minha terapeuta me explicou sobre as fases do ciclo menstrual e que isso afeta diretamente meu humor.

Meu presidente de missão em Maceió me falou sobre a importância de passar por certas fases difíceis e que elas que nos fazem crescer.

Minha tia destravou memórias de uma fase minha.

Minha grande amiga me contou sobre a fase incrível e turbulenta que ela está vivendo após uma missão.

Meu presidente de estaca me contornou uma fase difícil da vida dele onde não perdeu que teria fim. E teve.

Meu bispo lembrou da fase em que minha família morava em um lugar diferente e comprava pão de mel com ele. Eu vendia esses pães de mel na escola. Eu tinha 13 anos.

Lembrei do trecho do Livro de Mórmon onde um pai diz a um filho:
"Tu poderias ser como este rio, continuamente correndo para a fonte de toda retidão!"

Eu quero ser como o rio, como o mar, como a piscina e correr continuamente.
Não mais usá-lo para acabar com a minha dor.

Quero ressignificar e já estou nesse processo.

Decisões

 Aos 18 anos decidi ir para a missão de ensino pela A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias com a duração de 18 meses.


Aos 19 anos sofri alguns traumas que desencadearam a depressão em mim e desisti de servir missão.

Aos 20 retomei meus planos de servir. Me preparei durante 2 anos. Fiz tratamento psicoterapêutico e psiquiátrico e tive alta.

Aos 21 anos fui chamada para servir na missão Brasil Maceió que agrega o estado de Sergipe e Alagoas.

Aos 22 anos iniciei minha missão e tive a oportunidade de passar por lugares incríveis, conhecer pessoas maravilhosas e ensinar o evangelho de Jesus Cristo. Obtive experiências significativas e cruciais para minha vida pessoal e profissional durante 12 meses no Nordeste.

Aos 23 anos e com 12 meses de missão tive uma piora significativa em meu quadro depressivo e precisei retornar para São Paulo.

Decidi continuar servindo como missionária apesar das dificuldades e sou muito grata por essa decisão.
Apesar de meus esforços não consegui servir da forma que gostaria e recebi a designação como missionária de cuidar exclusivamente de minha saúde mental.

Desde então sigo em um tratamento psicoterapêutico com a psicóloga Kátia Lima e um tratamento psiquiátrico pelo Doutor Consulta.

Me sinto grata por ter uma rede de apoio e não estar desamparada nesse momento delicado de minha vida!

Mudanças

 Eu me mudei 10 vezes na minha vida.

A 1° mudança aconteceu e eu era bebê, pouco mais de 1 ano, mas foi uma mudança significativa para meus pais e o aperto no peito respingou na Mariana bebê.
A 2° mudança aconteceu quando eu tinha já 3/4 anos. Dessa eu lembro vividamente, lembro da gente empacotando as coisas, lembro do cheiro de casa vazia, do eco que minha voz fazia naquela sala que pra mim foi cenário de muitas aventuras. Lembro do caminhão "imenso" da mudança, lembro do Rogério, amigo da família que foi lá pra ajudar. Lembro de ter sentado no banco da frente do caminhão e daquele sentimento de recomeçar. Lembro do nó no estômago por deixar meus amigos daquela rua e minhas vizinhas que tanto cuidavam de mim quando minha mãe engravidou da Marina e entrou em depressão. Lembro que elas eram minhas mães por 1, 2 ou 3 dias porque minha mãe não queria estar comigo. Ninguém sabe que eu lembro disso mas eu lembro vividamente de muitos detalhes. A casa que ficava cheia nos aniversários, cheia de amigos do meu irmão, cheia de música e dança, cheia de vida. Ela ficou vazia e eu fiquei vazia.
É claro que na época não sabia expressar tudo quEu me mudei de casa de casa 10 vezes desde que nasci. O motivo? Falta de $ e a raiva ou orgulho que meu pai sente, mas gosto de pensar que ele só tentou fazer o melhor dele em todos os casos porque meu pai tem um coração bonito e ele não faria isso de propósito sabendo dos malefícios que poderia causar a família, em particular, a mim. Você já conversou com meu pai e conheceu um pouco da peça rara que ele é. Naquele dia foi a primeira vez que ele se abriu sobre essa parte da vida dele, pelo menos foi a única vez que eu estava presente pra ouvir os motivos dele de tantas mudanças.
As mudanças que me refiro agora não são só de casa. Tive que passar por mudança de classe social, de escola, de ala, de ambiente...E de outras coisas que nem me lembro direito mas todas foram muito significativas e eu senti a perda delas.
Essas mudanças de casa começaram a acontecer antes mesmo da Marina nascer, eu era uma bebê na 1° delas mas sei que foi significativo pros meus pais mudar daquela casa porque minha mãe registrou toda essa parte da minha vida e mesmo não lembrando vividamente, sei que esse
e acabei de expressar e só me dei conta dessas coisas mais tarde. Ao chegar na nova casa, que inclusive é a casa da minha avó, eu fiquei muito animada! Minha irmã estava chegando também e iria preencher o vazio que eu sentia, eu imaginava. Eu poderia ter minha família feliz e de quebra uma bonequinha humana pra cuidar, uma bebê reborn só pra mim.
É claro que não foi bem assim.
A mudança trouxe sentimentos novos para aquela casa. O ar era diferente. Meus pais estavam menos presentes pra mim. Eles pareciam preocupados demais e olhando pra trás eu reconheço que estavam preocupados mesmo. Meu pai tinha perdido o emprego e estava procurando uma renda nova, minha mãe iria parir uma criança que os médicos falaram que teria síndrome de Down e algumas complicações, ela estava se recuperando da depressão pré-parto. Teríamos que dividir aquela casa com mais 2 pessoas que logo se tornariam 3.
Lembra aquela casa onde fiz uma festa após meu chá missionário e a festa varou a noite? Era a casa dos meus tios, eles tinham recém construído aquela casa do 0 e gostavam de receber convidados então receberam bem a idéia de receber 40 pessoas desconhecidas pra eles mas já que eram amigos da Mari eles ficaram animados com a idéia.
Até eles construírem a casa dos sonhos eles moravam na minha avó também. De favor. Diferente de nós, que tínhamos que pagar. Minha tia estava grávida do meu primo naquela época e não preciso nem explicar o motivo dela estar muito estressada. Meu tio trabalhava como um maluco pra prover o necessário pra minha tia, ele era a personificação do estresse e isso incutiu diretamente na minha mãe de uma forma gradual então se tornou um inferno morar ali.
Nunca havia ouvido gritos de raiva vindos da minha mãe e nem do meu pai mas lembro nitidamente que esses gritos se tornaram parte do meu dia a dia depois que minha irmã nasceu. Minha ansiedade começou aí.
Não vou me prolongar tanto mas outra coisa que me influenciou muito foi o ambiente que aquela casa estava inserida. Era dentro da favela. Eu comecei a ouvir os meninos na rua falando muitos palavrões e prestava bastante atenção neles, eu ouvia muito funk, toda noite eu ouvia muitos gritos da igreja que ficava de frente pra nossa casa e após um período eu comecei a estudar em creches locais com muita influência do ambiente. Me tornei uma mini cria de favela.
Após alguns anos do nascimento da minha irmã a minha mãe começou a trabalhar em uma pizzaria enquanto meu pai trabalhava fora mas como toda família pobre, ela não tinha dinheiro pra contratar uma babá.
Era eu e minha irmã "no quarto mais alto da torre mais alta". Minha mãe ensinou:
- Se alguém se machucar você liga pra esse número > 1 93. Não abra o portão pra ninguém. Dê o leite da sua irmã em tal horário, se ela tiver fome dê comida.
E iam buscar o sustento da família. Eu tinha 5 anos e minha irmã tinha 2. O tempo passava diferente quando éramos crianças então durou uma eternidade ficar sozinha com minha irmã até o dia que eu tive minha 1° crise de pânico porque minha irmã não parava de chorar... E depois de sentir o desespero eu comecei a gritar, chorar e andar pela casa desesperada. A vizinhança inteira ouviu e descobriu que 2 menores de idade ficavam sozinhas.
Meus pais foram notificados do ocorrido e tcharãaaam. A era uma babá quase perfeita começou. Minha mãe pegou 2 irmãs que eram nossas vizinhas, ambas menores de idade, pagava uns trocados pra elas e pronto. Nossas babás: Lara e a irmã dela. Eu amava! Elas eram divertidas, não lembro nitidamente mas lembro do alívio que eu senti por não precisar ser responsável por tudo. Não lembro o motivo mas as irmãs pararam de cuidar de nós. Alerta nova babá: a fumante. Eu não lembro o nome dela mas sei quem é se eu ver hoje, ela ficou um tempinho cuidando de nós, não lembro de minha interação com ela, não lembro de muitas coisas, na real mas lembro que ela fumava muito e mesmo que fosse o mais longe possível de nós a casa ficava com um cheiro esquisito. Eu não curtia muito essa parte. Não lembro de nenhuma babá depois dela. Lembro da minha mãe! Ela começou a ficar em casa denovo cuidava do Gustavo, meu primo que nasceu 3 meses depois da Marina. Minha mãe fazia o melhor que podia. Ela era minha super heroína! Meu pai começou a ganhar bastante dinheiro, pagou as aulas de motorista e comprou um carro. Não precisava mais ir pra escola de perua, minha mãe que levava nós pra escola, a Marina começou a estudar comigo. Minha mãe era a mãe legal, era divertido andar de carro com o som alto e a toda velocidade. Conhece Velozes e Furiosos? Minha mãe se inspirava no Dominic Toretto toda vez que pegava no volante.
Meu gosto musical se formou naquele carro.
Ela começou a levar o Gustavo e mais 2 meninas também. O nosso carro virou a perua. Eu tinha meus 6/7 anos e vivi esses anos sendo mais feliz, lendo muito, construindo memórias boas apesar dos pesares mas quem não tem pesares. Eu me sentia melhor.

A infância é a parte mais importante da vida de um ser humano... (Continuar)

Cristo

 Toda situação me faz lembrar de algo e hoje minha vida atual me fez lembrar que certa vez durante minha adolescência eu estava estudando pra um discurso que daria na sacramental e me deparei com aquela velha história do homem que estava se afogando em mar aberto e um navio veio, o comandante ofereceu ajuda "venha, venha, vamos te salvar desse mar perigoso" e o homem ilhado respondeu "não precisa, Deus vai me salvar" e isso aconteceu repetidas vezes até que o homem foi tragado pelo mar e o inevitável aconteceu.

Não lembro o contexto do discurso e o porquê comecei contando essa história, só lembrei dessa parte da história mas por coincidência ou não, a mesma história é contada em um filme que eu amo chamado "A Procura da Felicidade" e o fim é que o homem chega no céu e se encontra com Deus então ele pergunta "por que Você não me salvou?" e Deus responde "eu enviei navios pra você..."
Aprendo 2 coisas com isso:
1. O homem não soube reconhecer a mão de Deus e pagou o preço por isso.
2. O homem não foi humilde o suficiente pra aceitar a ajuda alheia.
Isso é tão triste e tão real.

Hoje me deparei com uma pergunta ao revisar o MyPlan: que atributos semelhantes aos de Cristo o Senhor te ajudou a desenvolver [durante a missão]?
Acredito que assim como eu, você conseguiu pensar em algumas situações da sua vida ou aí do CTM onde você precisou desenvolver alguns dos atributos do capítulo 9 do PME. Não? Então reflita um pouco mais. Dou 5 minutos se precisar.
Minha resposta foi bem clichê: fé, caridade e paciência. Nunca fui boa em analisar meu crescimento espiritual então fiquei pensando nisso por um tempão.

Não lembro exatamente onde li enquanto estava na missão então estudei sobre o atributos de Cristo agora e encontrei um discurso chamado "Escolhas" que resume bem o que estou tentando exprimir. Aprendi na missão de proselitismo que nós desenvolvemos um atributo de Cristo quando nos deparamos com uma situação difícil onde precisamos escolher "o certo mais difícil em vez de fazer o errado mais fácil" ou entre o "bom, muito bom e excelente" e só vamos perceber o quanto aquele pequeno momento nos moldou quando tomar a decisão certa/excelente se tornar automático pra nós. Exige prática pra tomar essa decisão certeira de forma rápida, pelo menos na minha mente, quero sempre acertar e fico extremamente pistola quando erro mas tenho relembrado que graças a Expiação de Jesus Cristo não preciso ficar ansiosa em ter que acertar toda hora porque o arrependimento existe e mesmo depois de cair na real de que tomei uma decisão não tão boa o Senhor "me permite corrigir o curso, para que eu volte ao caminho certo."
Spoiler alert: meu lugar de fala é de alguém impulsivo então a decisão mala é a escolhida na maioria dos casos, é um processão amenizar isso e que treta... Desabafei, tô até mais leve :)

Voltando a história do homem ilhado. Faltou um pouco de humildade naquele caso e no meu caso falta bastante humildade quando eu tomo a decisão "errada mais fácil" e muitas vezes me questiono do por quê.
As escrituras me responderam: "porque o homem natural é inimigo de Deus e tem-no sido desde a queda de Adão e sê-lo-á para sempre" e eu fiquei horrorizada e ansiosa por saber que nós vamos viver errando repetidas vezes, até hiperventilei nessa hora e fechei o Livro de Mórmon, parei por um tempo e tomei coragem pra continuar. Mais adiante a escritura diz: a não ser que ceda ao influxo do Santo Espírito e despoje-se do homem natural e torne-se santo pela expiação de Cristo, o Senhor; e torne-se como uma criança, submisso, manso, humilde, paciente, cheio de amor. Que alívio invadiu meu coração, minha ansiedade quase foi embora por saber disso mas pera, como que eu vou desenvolver essa penca de atributos de uma vez? A vida é difícil, não vai dar, tem muita tribulação.
Mais adiante o Senhor me responde como farei isso: disposto a submeter-se a tudo quanto o Senhor achar que lhe deva infligir, assim como uma criança se submete a seu pai.

Então é esse o segredo! Ver a mão do Senhor até nas aflições e me submeter a todas elas sem reclamar, igual quando eu era pequena e meu pai só dava as ordens e eu obedecia. Vou conseguir desenvolver os atributos de Cristo step by step e pronto. Tudo ficou mais claro pra mim, e pra você? Na teoria, sim. Na prática? Só vivendo pra saber.

Ok, ficou claro mas eu preciso de mais informações pra me sentir tranquila e segura de que vou conseguir passar pela mortalidade sem desistir no meio do caminho então encontrei um artigo da Liahona chamado "Existem anjos da guarda?"
Aprendi de que no meio desse percurso seremos ministrados por anjos, igual Jesus Cristo quando estava sofrendo no Getsêmani. O Espírito Santo vai nos consolar, esse é literalmente o propósito dele. Mas eu ainda preciso de mais... Até eu briguei com minha mente e pensei: caraca, quer mais o que?¿
Aprendi em outro discurso intitulado "Eu Acredito em Anjos" que podemos receber anjos igual o ilhado que recebeu-os em forma de comandantes do navio pra salvar ele, igual nós em vários momentos de caos onde um amigo abafou o barulho ao nosso redor, nos ouviu e até nos tirou do caos por um momento. No discurso tem uma parte que diz: "Quando se trata de sua felicidade e salvação, sempre vale a pena continuar tentando [...] O Senhor sabe das dificuldades que vocês estão passando. Ele conhece vocês, Ele os ama, e prometo que Ele enviará anjos para ajudá-los."
Anjos existem, de carne e ossos e você pode ser um anjo aí no CTM e é óbvio que será no Japão, você já sabe muito bem se portar como um então deixe o Senhor te usar pra esse feito sempre que possível, claro, impondo os limites de até onde você pode ajudar, exige cautela, eu ainda não entendi muito bem o uso do limite de ajudar alguém mas como falado anteriormente: exige prática pra tomar a decisão certa. Capisci? Sei que você captou.
Isso vai te ajudar a desenvolver os atributos de Cristo a cada momento e te tornará um missionário mais consagrado sem que você perceba. Ou que perceba mas sem ser GH porque ninguém merece um GH. Só precisam perceber o quanto você resplandece a luz de Cristo.

7

 Chegou o dia mais importante da sua vida! Antes de tudo, um fato curioso: você sabia que hoje é comemorado o dia do leitor?

Eu sempre comemorei esse dia porque aqui jaz uma leitora voraz e agora se tornou double especial, tão especial quanto o double Du que eu conheço.

Estive pensando em números. Gosto do dia 7 de cada mês. Na numerologia o número 7 representa a perfeição de Deus.
Ele representa perfeição divina, totalidade, conexão espiritual, bênçãos, proteção divina e conclusão.
Você foi designado como missionária dia 7 também, isso com certeza tem um simbolismo. (Fonte: da minha imaginação)
Além disso, o 7 também representa a busca pelo conhecimento. 7 é o seu número, com certeza. Pitágoras, o pai da numerologia e afirmou que o número 7 é poderoso e sagrado.
É o número o mais presente em toda filosofia e literatura sagrada desde tempos imemoriais até os nossos dias. Aprendi isso em Harry Potter, eu tenho hiperfoco em Harry Potter então consumi muito e lá o número 7 tem mais de 100 simbologias e aparições.
Não sei o motivo de amar saber o significado das pequenas coisas mas é isso.

Aliás, você tem um número preferido? Se não tem, pode ser o 7.

A título de informação, o meu é 2 porque eu nasci dia 22/2 e meus aniversários preferidos foram o de 1 ano (22/2/2002) e o de 21 (22/02/2022) então eu gosto do número 2. Desenhar era um hobby na minha infância e o 2 era a base pra desenhar um cisne e eu amava a história do patinho feio então sempre desenhava um cisne. Faz sentido? Isis é uma combinação e advinha? Uma nome com 2 letras em comum que formam o nome inteiro. Uma metade e um inteiro ao mesmo tempo. Viajei na batatinha aqui? Sim, mas farei até chegar no X da questão então acostume-se.

Na faculdade aprendi que o número 2 é, segundo as leis da numerologia, aquele que traz o equilíbrio a uma realidade dual.
O dualismo é uma visão filosófica que afirma que a realidade é constituída por duas partes que não podem ser reduzidas uma à outra. É o pensamento através do qual se concebe a coexistência de dois princípios antagônicos.
Isso realmente faz muito sentido pra mim. O dualismo afirma a existência de Deus. Como? Uma de minhas partes favoritas do Livro de Mórmon: 2° Néfi 2 explica isso:

"Porque é necessário que haja uma oposição em todas as coisas." Isso é dualidade.

"Portanto, é preciso que todas as coisas sejam compostas em uma. Pois se fossem um só corpo, deveriam permanecer como mortas," Isso é dualidade.

E o versículo 12 diz: "Portanto, teriam sido criadas em vão; portanto, não haveria propósito na sua criação. Portanto, isso destruiria a sabedoria de Deus e seus eternos propósitos." Isso é Deus.

O dualismo tem influência no cristianismo. Criação de homem e homem é criação de Deus. Xeque mate.
Comprovou que Deus existe.

Em Alma 30:44 diz “Todas as coisas mostram que existe um Deus; sim, até mesmo a Terra e tudo que existe sobre a sua face, sim, e seu movimento, sim, e também todos os planetas que se movem em sua ordem regular testemunham que existe um Criador Supremo”

Deus está nos números, está nas filosofias antigas, está em você e está em mim.

Li algo esses tempos que é mais ou menos assim "seja o motivo pelo qual alguém acredite que a bondade ainda existe." e me atrevo a mudar essa frase ⁠para "seja o motivo pelo qual alguém acredite que Deus existe."

Você é essa pessoa pra mim. Eu acredito que a bondade ainda existe por causa da sua bondade e acredito ainda mais na existência de Deus por conta de sua existência. Um dia discorro mais sobre isso.

Voltando aos números, eu comecei falando deles porque aí na missão você deve estar se deparando com muitos números. Eu levei um choque com isso quando cheguei porque pensei "as pessoas são resumidas a números?" porque me foi apresentado de uma forma bruta por meu 1° presidente de missão então o meu 2° presidente me apresentou de uma maneira mais delicada e amorosa, ele é um grande contador e empresário então lidou muito com números durante a vida profissional, ele amava falar sobre números em qualquer oportunidade.

Ele disse que tinha 7 filhos e os filhos se resumiam ao número 7 diversas vezes. Isso porque quando eles saiam em família tinham que sempre contar as crianças... 1, 2, 3, 4, 5... faltam 2... achei... 6, 7... Pronto, todo mundo aqui! Ele sabia o nome de cada um, ele tinha amor por cada 1 individualmente e de forma exclusiva mas numerar era uma forma de contagem mais organizada. Sabia que o desenvolvimento da contagem levou ao desenvolvimento da escrita? Os números mudaram o mundo. Dito isso, os líderes da igreja usam os números pois é a maneira de contagem universal, organizada e precisa para acompanhar o crescimento exponencial de membros da igreja. É um IBGE santo dos últimos dias.
Na missão usamos o mesmo padrão para estabelecer metas e conseguir visualizar melhor o campo branco pra ceifa. Isso fez total sentido e combinado com o estudo do PME foi o que me ajudou a ser uma missionária melhor e usar os números a meu favor.
No capítulo 1 tem uma citação que diz: "Não pregamos e ensinamos para ‘trazer pessoas para a Igreja’ ou para aumentar o número de membros da Igreja. Não pregamos e ensinamos apenas para persuadir as pessoas a terem uma vida melhor. (…) Convidamos todos a achegarem-se a Cristo pelo arrependimento, pelo batismo e pela confirmação para abrir as portas do Reino Celestial aos filhos e às filhas de Deus."

Como viemos parar aqui mesmo? Tudo começou falando do número 7 porque hoje é seu aniversário. Você é o número 7 por muitos motivos.
Tem um desenho com uma origem meio macabra chamado "Os 7 Monstrinhos" e eu lembrei de você assistindo ele porque tem uma ligação com o holocausto de forma subjetiva, ou não, depende muito da mente do palhaço e você é um pouco fissurado nesse assunto então lembrei de você imediatamente e é logo o monstrinho 7 que traz a tona o assunto do holocausto pro desenho, relaxa, não estamos falando sobre aparência física porque o 7 é desnutrido de tão branco, nada a ver com você. Eu viajei legal agora, foi mal. Eu gosto da pequeneza das coisas que você deixou em mim. A famosa frase clichê "o aniversário é seu mas quem ganhou o presente fui eu" cabe nesse momento porque estar "presente" pra te parabenizar é uma enorme dádiva. Obrigada por só ter deixado coisas boas aqui, eu serei eternamente grata por isso. Poderia rasgar mais elogios mas como dizia Yudi do PlayStation, abaixa o seu ego e me escuta pela humildade? Brincadeiras a parte. Você já sabe de quase tudo então não vou me prolongar, não seja skeptical dessa vez. I truly appreciate you.

Era tudo mentira? Ah, era.

 Nesses últimos meses, nos últimos 3 meses, pra ser mais exato, eu passei por um período escuro, escuro assim. Não consigo definir esse período agora porque levaria tempo mas basicamente eu entrei em uma depressão profunda e preciso retomar com os remédios. Eu odiava tomar remédio mas dessa vez só me submeti aos meus pais, a psicóloga e a psiquiatra e fiz uma jóia com a mão. Não estive em condições de falar quando a decisão foi tomada por minha família, eu estava sem comer, sem dormir bem, sem higiene e sem conseguir sair de casa há algumas semanas então entendi que a situação não era favorável pro meu lado e eu não respondia por mim, apesar de ser adulto.

Não foi uma decisão tão difícil devido às circunstâncias. Meus pais disseram que iam me internar caso eu continuasse depressivo mas ainda bem que depois pensaram em introduzir os remédios. Isso foi sensato da parte deles.

Depois de tomar a primeira pílula eu lembrei do motivo de relutar tanto em 2019 falando que eu não ia tomar, fiquei uns bons anos com essa bronca dos remédios mas em 2021 cedi por conta da situação crítica que a depressão me deixou.
Foram meus pais que interviram, mais uma vez. Eu relutei, mas não aceitei verbalmente e de forma importadora.
Esses remédios psiquiátricos têm de 15 a 20 dias de adaptação, ou seja, eu sinto boca seca, aumento do suor, tontura, tremor, diarreia, desconforto abidominal, falta de apetite, insônia, sonolência, manchas rochas na pele, situações, queda de cabelo, espasmos musculares, urina presa, sangue na urina, urina solta, inchaços, perda de peso, sede excessiva, visão turva, fraqueza muscular, falta de coordenação e ganho de peso... Eu fiz questão de citar todos porque eu senti todos esses sintomas em dias alternados e o período de adaptação me fizeram ter muita raiva dos remédios e com razão. Eu pensei que estava morrendo, sem zoeira :') mas foram exatos 15 dias pro meu corpo se adaptar e o efeito "bom" dos remédios começar, só que tive uma surpresa. Eu me senti triste medicada, me senti robotizada, sem sentimentos, eu virei um mlk neutro da 1° vez que tomei porque eu não fiz o básico: beber água, me alimentar bem, tomar sol e me exercitar. Eu esperei esperando o remédio ser um milagre e apenas o remédio me curar. Errei, fui mlk (neutro). Baã dum tsss.
Dessa vez eu esperei viver o que a vida tem pra proporcionar e vi que ela vale a pena mesmo estando medicada! Hoje estou sentindo que a vida vale a pena. Consigo ver a luz brilhar. A minha luz brilhar. Sem precisar de afirmações alheias de hora em hora, sem precisar sentir que fiz tudo perfeito, sem me sentir apenas satisfeito com uma perfeição inalcançável, sem me desesperar com situações adversárias, sem me cobrar. Tem sido mágico, de verdade! Exige esforço da minha parte, não um esforço exagerado e sim um esforço condizente com minhas condições e agora que entendo mais e melhor, tudo mudou aqui dentro.

Eu nunca mandei essa carta mas ela vai chegar pra quem merece ler

Nessas últimas semanas estive pensando em como todas as pessoas têm o mesmo dia de forma totalmente diferente. É o mesmo dia, são as mesmas 24h mas é totalmente diferente pra cada ser. Dei o braço a torcer e mudei minha mentalidade, agora penso que TODA experiência é individual. Apesar de serem semelhantes, é individual pra cada ser.

É um fato completamente óbvio mas que me trouxe reflexões profundas e ações cruciais pra esse momento.

Eu e você estamos em polos opostos. Você está iniciando sua missão e eu estou encerrando a minha. Você está com todo o gás de inciar algo e estou triste de encerrar esse ciclo. Outro fato completamente óbvio.
Nessas semanas pensei em não escrever por N motivos mas hoje relembrei que o orgulho é o oposto da humildade e já destruiu civilizações (nefitas e lamanitas que o digam) então agir com orgulho vai destruir algo no meu ser e eu não vou deixar isso acontecer .

O ponto que quero chegar é: Aonde isso vai nos levar?

Esse é o tema de um discurso que encontro hoje. Eu estava fazendo o My Plan (nas últimas semanas de missão, as missões fazem um curso online chamado Meu Plano onde estabelecemos metas e traçamos planos que serão colocados em ação assim que voltarmos para casa.)
E está sendo uma experiência extremamente individual fazer isso. Estar em casa, por estar em casa, claro, e por lidar com o transtorno de ansiedade que já me faz pensar tanto no futuro, mas milagrosamente ter sido ótimo, tem me ajudado a regular minhas emoções e organizado melhores meus pensamentos.

Ao fazer o Meu Plano li algo que me cativou:
"Essas experiências [da missão] são a base para o seu futuro." Resposta? Pra caraca! Esse é o momento onde você precisa fazer reserva, aprendi isso com o meu 1° presidente de missão, ele agora é um setenta, tive pouco tempo com ele mas nesse tempo o que me marcou foi um discurso que ele deu falando sobre fazermos reserva do que aprendendo na missão, eu tinha 1 mês em campo missionário e nunca saiu da minha mente. "Porque é que o campo já está branco para a ceifa; e é que aquele que lança a sua foice com vigor faz RESERVA, de modo que não perece, mas traz salvação para sua alma". Fazer reserva é salvar o que aprender na missão e levarmos para nossa vida pós missão.

Ao ler um discurso do profeta Nelson chamado "Comece com o Fim em Mente" li algo que totalmente blow my mind mas como não consigo baixar o discurso agora vou adicionar ao seu Drive assim que possível (aliás, tudo bem mandar discursos pelo Drive?) Lembro que antes mesmo de iniciar a missão meu maior desejo era terminar a missão pra aplicar o que aprendi lá e agora com esse momento chegando eu tô bem triste, travada e perdida. Irônico? Mais, mas eu entendo que só preciso me organizar, me fazer e deixar Jesus Cristo fazer a parte que eu não vou dar conta. E Ele já tem feito.
Me fazer lembrar dos ensinamentos da missão foi a mão Dele. A criação do MyPlan é a mão Dele. Tô bem grato por isso!

Ao ler esse discurso lembrei dos ensinamentos que tive com o Elder Valenzuela na minha missão, ele nos ensinou que devemos ter sempre o fim em mente encontrar quando alguém no campo ordenado e levando em consideração que estou cumprindo a missão e sendo incentivado pelo MyPlan a trazer pra minha vida os ensinamentos que recebi na missão vou começar a analisar todas as minhas ações com o fim em mente, inclusive, foi o que me convidou a escrever pra você. Para onde esse texto pode te levar? Espero que tenha insights significativos.
Pensar que você vai refletir sobre isso durante sua missão e conseguirá trazer mais almas a Cristo com o propósito certo em mente me fez sentir felicidade sincera. A missão faz muita diferença na conversão de uma pessoa, não apenas ensino, mas o que a missão é por dentro, o caráter dele mesmo. Palavras bonitas não convertem, o Espírito Santo converte então você precisa estar em sintonia com ele.


Voltando pro agora... Nesse momento você precisa focar em você, na sua preparação e tudo isso, mas saiba que as pessoas aí no CTM estão precisando muito de uma palavra amiga, estão precisando de seu testemunho, da sua singeleza de coração. Acredito que você já teve experiências aí onde pôde ajudar alguém e isso me alegra muito. Caso não lembre de muitas situações assim, chore mais delas.

Você é uma bênção agora, não só no Japão. Você pode cumprir seu propósito missionário agora. “Convidar as pessoas a se acharem a Cristo” não é apenas sobre as pessoas sem o evangelho, é sobre todas elas. Seu companheiro é uma ótima oportunidade para aprender e aplicar isso. Ame-o e tente demonstrar esse amor.

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A história de Como Aprendi Inglês

A primeira vez que me lembro de ficar com a pergunta "o que será que ela está querendo dizer?" foi quando eu tinha uns 6 ou 7 anos...