Sunday, April 20, 2025

A história de Como Aprendi Inglês

A primeira vez que me lembro de ficar com a pergunta "o que será que ela está querendo dizer?" foi quando eu tinha uns 6 ou 7 anos, assistindo aos clipes da Beyoncé. Eu queria muito entender o que ela falava nas intros das músicas e ficava matutando aquilo.

Aos 8 ou 9 anos, uma professora de inglês começou a dar aulas na minha escola que, mesmo sendo pública, foi um lugar de acolhimento pra mim. Eu amava aquelas aulas em que aprendíamos palavras diferentes para coisas que eu já conhecia, e foi aí que me apaixonei pelo inglês.

Quando eu tinha 10 anos, lembro que minha prima mais velha, que já estudava inglês, respondeu uma dúvida que eu tinha: perguntei o que significava "The Only Exception", da música do Paramore, e ela me disse: "significa a única exceção". Eu fiquei tão feliz! A resposta dela, embora simples, abriu um mundo de possibilidades dentro de mim. Se minha prima, nascida na favela como eu, podia aprender inglês, então eu também podia.

Nessa época, na igreja que eu frequentava, alguns americanos vinham visitar e conversavam com alguns membros. Eu achava aquilo incrível. Me imaginava vivendo aquilo também, falando inglês, entendendo tudo. Tentava aprender sozinha, mas era difícil. Minha família sempre teve o suficiente apenas para sobreviver naquela época, meus pais vendiam prata, chocolate e lanches naturais para garantir o nosso sustento. Pedir pra eles me colocarem num curso de inglês era algo que eu nem cogitava.

Foi também nessa época que conheci o Justin Bieber. Quando ele lançou o documentário Never Say Never, eu, que já mexia bastante na internet com apenas 10 anos, dei um jeito de assistir pirata (risos). E, mais uma vez, aquele desejo de aprender inglês reacendeu forte em mim. Eu, minha irmã e minha prima até inventávamos conversas em um "inglês" que não existia, só pra treinar. Ouvíamos as músicas dele e o sonho de entender tudo que era dito continuava aceso no meu coração.

Depois de muita luta, meu pai conseguiu me colocar em um curso de inglês. Eu tinha 13 anos. O curso duraria dois anos, com aulas duas vezes por semana. Eu não faltava de jeito nenhum. Muitas vezes, ficava sem comer porque saía direto da escola (que era à tarde) para as aulas à noite, mas nada ia me impedir de aprender. Finalmente, o sonho de falar inglês estava deixando de ser só um desejo e se tornando realidade.

Foram dois anos incríveis. Eu aprendi o tão sonhado inglês.
Além do curso, eu aproveitava todas as oportunidades: conversava com os americanos que vinham à igreja, escrevia letras de músicas em inglês no meu caderno, assistia a filmes, ouvia músicas... Me mantinha imersa no idioma o máximo que podia.

Aprender inglês mudou a minha vida. Não só abriu portas, mas também me mostrou que sonhos, mesmo aqueles que parecem distantes, podem se tornar realidade quando a gente acredita, corre atrás e não desiste.

Monday, April 14, 2025

Uma pausa, um recomeço, um agradecimento

Nos últimos dias, precisei respirar fundo e reconhecer meus próprios limites. Fui diagnosticada com depressão severa e, por mais que eu ame ensinar inglês, precisei pausar as aulas para cuidar da minha saúde mental.

Com isso, perdi metade das minhas alunas. Estou devendo o reembolso a algumas delas e, enquanto posso, estou pagando aos poucos. Para manter as turmas ativas, precisei contratar outros professores — mesmo sabendo que isso me traria mais prejuízo. Mas era o que precisava ser feito: cuidar de mim de uma vez por todas.

Além disso, acabei gastando dinheiro com coisas inúteis, achando que aquilo preencheria o vazio: roupas, utensílios… E agora estou em dívidas que somam mais de R$ 2.000. Pode parecer pouco pra alguns, mas pra mim, que cresci na periferia vendo meus pais se sacrificarem pra pagar um aluguel de R$ 750, é algo enorme.

Minha casa é no meio da favela, cheia de goteiras e umidade. Minha mãe, mesmo aos 63 anos e aposentada, continua trabalhando como cozinheira — e muitas vezes traz comida do trabalho pra garantir o básico em casa. Nunca tivemos o prazer de assistir a um filme juntas sem preocupação, porque ela nunca pôde parar. Meu pai conseguiu um trabalho temporário este mês, depois de muito tempo desempregado. Nenhum dos dois fez faculdade, nunca puderam viajar ou viver experiências simples sem pensar no dinheiro. Tudo que quero é um dia poder dar a eles uma vida mais leve, mais digna.

Não foi fácil admitir que eu precisava parar. Sempre fui de correr atrás, de dar um jeito. Mas o corpo e a mente pediram socorro. E eu finalmente escutei.

Ainda assim, continuo tentando me manter de pé com o que consigo oferecer. Me reinventei: agora faço artes, identidade visual e posts para redes sociais por valores simbólicos — muitas vezes R$10 — porque estou juntando o que posso pra seguir meu tratamento com os remédios certos.

E é aqui que entra minha imensa gratidão: duas pessoas incríveis confiaram em mim e contrataram meus serviços nesses dias tão difíceis. Vocês não imaginam o quanto isso me ajudou — emocionalmente e financeiramente.

Obrigada por enxergarem mais do que um trabalho. Por valorizarem uma história, uma luta. Cada apoio tem feito toda a diferença.

Se você chegou até aqui, obrigada por ler. Se puder contratar, indicar ou até mandar uma palavra de carinho, saiba que já estará me ajudando mais do que imagina.

Com carinho e esperança,
Mari

Como Deixar Seu Perfil de Au Pair Mais Atrativo: Dicas de Quem Sonha com Isso Desde os 12 Anos

Desde os meus 12 anos, o intercâmbio Au Pair faz parte dos meus sonhos Eu passava horas pesquisando tudo: vídeos no YouTube, fóruns, depoimentos, dicas. Tudo me encantava. Mas foi só agora, aos 23, que comecei a investir de verdade nesse projeto. E, junto com essa jornada, nasceu um desejo ainda maior: ajudar outras meninas a também realizarem esse sonho.

Hoje, dou aulas de inglês voltadas exclusivamente para futuras Au Pairs – por um preço acessível, porque eu sei como é difícil equilibrar tudo: estudo, trabalho, planejamento e economia. A maioria das minhas alunas são como eu: determinadas, sonhadoras, e com pouca grana, mas muita vontade de fazer acontecer.

Se você está aqui, provavelmente também está se preparando para ser Au Pair nos Estados Unidos. Então quero compartilhar com você algumas dicas que podem te ajudar a melhorar seu perfil e se destacar entre tantas candidatas.


1. Conte sua história com verdade e leveza

Famílias não querem só um currículo. Elas querem sentir que podem confiar em você. Fale sobre quem você é, seus valores, sua relação com crianças, e por que quer viver essa experiência. Seja honesta e mostre seu coração.

2. Capriche no vídeo de apresentação

O vídeo é um dos pontos mais importantes. Mostre seu sorriso, sua energia, sua autenticidade. Não precisa ser perfeito, mas precisa ser verdadeiro. Fale olhando para a câmera como se estivesse conversando diretamente com a host family.

3. Tenha boas fotos

As fotos dizem muito sobre você. Escolha imagens que mostrem momentos felizes, de interação com crianças, família, pets ou hobbies. Evite fotos com muita edição ou em festas — prefira as que reforcem seu lado cuidadoso, alegre e responsável.

4. Mostre sua experiência com crianças

Mesmo que você nunca tenha trabalhado formalmente com isso, toda vivência conta: cuidar de irmãos, primos, vizinhos, fazer trabalhos voluntários ou ajudar em creches. Detalhe como foi essa experiência e o que aprendeu com ela.

5. Tenha atenção ao seu inglês

Você não precisa ser fluente, mas precisa mostrar que está se preparando. Um perfil em bom inglês transmite comprometimento. Se precisar de ajuda com isso, eu ofereço aulas por apenas R$130,00 por mês — com foco em conversação, cultura americana e vocabulário usado no dia a dia como Au Pair.

6. Mantenha o perfil atualizado

Não basta criar e deixar parado. Atualize com frequência, revise o que pode ser melhorado, peça feedback. Estar ativa demonstra interesse e dedicação.


Se você quiser, posso analisar seu perfil e te dar dicas personalizadas. E mesmo que agora não consiga investir em uma aula, continue me acompanhando: estou sempre compartilhando conteúdos gratuitos e quero que o máximo de meninas tenham acesso a essas informações.

O sonho de ser Au Pair é possível. Com preparo, estratégia e apoio, ele deixa de ser só um plano distante e vira realidade. Você não está sozinha nessa.

Se quiser saber mais sobre as aulas, clique aqui https://quebradabilingue.my.canva.site/ ou me chama no direct.

Vamos juntas?

Com carinho,
Mariana Sabino
Criadora do Quebrada Bilingue

Cobrar barato Por Meus Serviços: Qual o motivo? A que custo?

 

A Estratégia por Trás do Meu Trabalho: Como Construir Reconhecimento no Mercado

Durante os meus 8 anos de experiência como professora de inglês, enfrentei não apenas os desafios do dia a dia da profissão, mas também questões pessoais, familiares e de saúde mental. Esses obstáculos, que fazem parte da minha jornada, me impediram de dar as aulas da maneira como gostaria e de investir completamente em mim mesma. No entanto, aprendi com essas dificuldades e desenvolvi uma visão mais clara sobre como crescer no mercado e alcançar meus objetivos.

Ao longo desses anos, estudei profundamente sobre como conquistar notoriedade e voz no mercado de ensino, e percebi que, nos primeiros meses, a melhor forma de ganhar visibilidade é por meio de um formato inovador. Em vez de ser a única a ministrar as aulas, decidi apostar em outros professores capacitados para entregar o conteúdo de qualidade. Isso, de um lado, me permite alcançar mais pessoas, e, do outro, oferece uma oportunidade para que mais profissionais se envolvam e cresçam junto ao meu projeto.

O conceito é simples, mas poderoso: as pessoas, muitas vezes, ficam surpresas quando percebem que estão pagando um preço acessível por aulas de qualidade superior. Mesmo quem tem uma situação financeira confortável começa a se perguntar como é possível oferecer um ensino tão bom por um valor tão baixo. Essa curiosidade é uma das grandes oportunidades que eu busco. Quando as pessoas procuram entender a proposta, elas acabam conhecendo o meu trabalho e, com isso, algumas se tornam alunas, enquanto outras se tornam apoiadoras da minha jornada, assim como você fez.

Tenho plena confiança de que essa estratégia dará certo, porque ela se baseia em anos de estudo e experiência. O exemplo de Carlos Wizard, que em 6 meses de aula atingiu um faturamento de R$10 mil mensais, é um reflexo claro do que é possível construir quando se investe em um formato acessível e com foco em entregar valor. Embora o valor de R$10 mil seja baixo comparado à visão que tenho para o meu negócio, esse exemplo me mostra que o caminho está certo.

O mercado está mudando e, ao permitir que pessoas capacitadas transmitam o conteúdo, consigo escalar o trabalho de maneira mais eficaz. O segredo está em equilibrar a entrega de qualidade com um preço acessível, criando uma base sólida de clientes e apoiadores. Esse é o meu foco e minha estratégia para garantir que, ao longo do tempo, meu nome seja reconhecido por aqueles que buscam não apenas aprender, mas também apoiar e disseminar conhecimento.

Tenho certeza de que, com essa abordagem, vou conseguir construir uma comunidade fiel e crescente, como o Carlos Wizard fez, e assim alcançar meus objetivos mais ambiciosos. O segredo está em ser consistente, estar sempre aprendendo e, acima de tudo, acreditar no valor que posso entregar para as pessoas.

Sunday, April 13, 2025

Em que Pé estamos em 2025? Preciso de você!

Eu sou a mina de quebrada que é bilíngue.

Vou deixar meu canal do YouTube para me conhecer, eu posto recortes de minha vida: https://www.youtube.com/@quebradabilinguebr/videos

Tenho 24 anos, sou muito competente, uma menina esforçada, eu luto pelo que é meu mas de uns anos pra cá eu fui acometida pela minha saúde mental, é uma tormenta viver com isso mas mesmo assim estou tentando colocar no mundo a única coisa que tenho em mente nos últimos 8 anos que é o ensino de inglês por um valor acessível de R$30,00 para no futuro alcançar pessoas mais abonadas e cobrar um valor junto delas mas continuar ensinando por um valor baixo as pessoas pobres e sem conhecimento, esse é o site de apresentação e minha ideia principal (https://quebradabilingue.my.canva.site/).


Desde 2020 uso o Instagram pra fomentar a ideia de que estudar inglês é muito importante, segue o Instagram (https://www.instagram.com/quebradabilingue/).


A última aula que dei faz 2 ou 3 semanas, eu gravei e está no YouTube, pode ir conferir meu trabalho: https://www.youtube.com/@quebradabilingue, depois disso a depressão me cobriu, pois sou bipolar, e faz 2 dias que ela quer sair de mim e agora virou uma crise de hipomania então estou usando minha energia pra escrever isso pois amo escrever e quero explicar o que acontece, inclusive, eu tenho um blog onde escrevo meus pensamentos pois eu tenho um dom para isso, segue o blog (https://quebradabilingue.blogspot.com/).


Hoje não estou mais conseguindo dar aulas mas tenho muitos alunos esperando uma posição minha e por isso venho aqui oferecer uma troca de serviços. Eu posso colocar a sua escola de inglês ou seu negócio no mapa da internet, Instagram, Facebook, Site, LinkedIn, Twitter, Threads. O LinkedIn é uma ferramenta muito poderosa se você souber usar, coloquei a minha, segue o LinkedIn do Quebrada Bilíngue (https://www.linkedin.com/company/quebradabil%C3%ADngue/) e eu mesma me coloquei lá: https://www.linkedin.com/in/sabinomariana/. Eu tive mais de MIL pessoas procurando meus serviços em 1 mês.


A única coisa que peço em troca é que você dê aula aos meus alunos em nome do Quebrada Bilíngue. Use sua metodologia mas por favor, ensine inglês para eles! Eu não tenho dinheiro pra pagar por isso mas tenho força de vontade de sobra pra colocar sua escola de inglês no mapa da internet e faço isso sem te cobrar, e assim como eu, você vai ter mais credibilidade e alcançar muitos alunos remunerados para você! Fez sentido isso? Desculpa se não fez!


Eu estou implorando por alguém que possa me ajudar. Não quero largar e deixar esse projeto que despendi tanto tempo pra colocar no mundo escapar pelas minhas mãos por causa da minha doença. Dia 30 irei começar a tomar remédios e eu vou melhorar mas sei que saber que não tem ninguém pra dar aula no Quebrada Bilíngue me atormenta e se eu não der um check nisso, nada vai fazer sentido e vou ficar frustrada pra sempre. Agradeço quem leu até aqui e aguardo mensagens! Aliás, pode enviar aqui ou em nosso e-mail: quebradabilingue@gmail.com

Monday, December 16, 2024

Oi, pessoal que quer saber sobre prospecção de clientes!

Minha Jornada para Alavancar Meu Negócio e Como Você Pode Conseguir Clientes Também

Oi! Eu sou a Mariana, tenho 23 anos e sou apaixonada pela internet e pelas oportunidades incríveis que ela oferece. Como vocês sabem, estou em uma jornada de criar minha própria escola de inglês para crianças de periferia em uma cidade onde ainda não há esse tipo de ensino. Mas, para isso, preciso de recursos, e por isso estou criando conteúdo online e utilizando o marketing digital para gerar renda e alcançar meus objetivos a curto prazo.

A realidade é que hoje eu moro com meus pais, o que me deu o tempo e o espaço necessário para investir em mim mesma e nos meus estudos. Embora o objetivo principal seja me mudar para outro estado e abrir minha escola, no momento, a chave para isso é construir uma carteira de clientes. E como fazer isso? Bem, eu estudei marketing digital e vou ser bem sincera: não fiz aquele tipo de curso de "como vender cursos". Não é isso que eu quero. Eu busquei aprender métodos que realmente me ajudassem a alavancar meus serviços e agora quero compartilhar com você.

O marketing de choque é o que mais utilizo hoje. Mas o que é isso? Basicamente, é a arte de apresentar seus serviços ou produtos de uma forma que cause impacto, que faça as pessoas pararem para pensar. É algo simples, mas exige coragem e personalidade, porque nem todo mundo tem a "cara de pau" para fazer isso. Vou deixar um exemplo para os colegas de trabalho que estou ajudando no meu grupo, mas isso vou deixar para quem pedir, não vou espalhar o link por aqui, ok?

Ah, e uma dica super importante: durante a pandemia, eu fiz um curso gratuito de marketing digital oferecido pela USP, que me ajudou a aprender os macetes dessa área. Não tem certificado, mas o conteúdo é bom e realmente me ajudou a entender os processos que aplico hoje. Se você também está começando, vale a pena buscar esse tipo de material gratuito.

A ideia aqui é simples: você pode usar métodos de marketing que realmente funcionam para conseguir seus primeiros clientes e começar a construir seu próprio negócio. Não precisa ser complicado, o segredo está em ser criativo, ter coragem e, acima de tudo, acreditar no seu trabalho.

Amanhã volto com mais dicas para vocês! Até lá, bjs e adios!



Saturday, December 14, 2024

MarÉ de azar

O mar sempre me intriga. A imensidão sempre me assustou. A beleza sempre me encantou.


Lembro de idas à praia com toda a família durante minha infância. Faça chuva ou faça sol.

Lembro da última vez que fui à praia. Foi no dia do meu aniversário de 19 anos e fui de ônibus com meu pai. Foi um sacrifício com muitas horas de viagem e chuva. Sim, você tem direito: chuva!

Demos a sorte de meu aniversário ter sido um dia regado a frio, chuva e atrasos.

Lembro do sentimento de rompimento quando chegamos na praia e nas piscinas.

Jamais me esqueçai do cheiro de maresia naquele dia. Meu pai disse "se nós estamos na chuva é pra se molhar então vamos pra piscina" e assim foi. Que dia incrível!

Aquele dia com meu pai está gravado na minha memória e no meu coração. Foi o 1° dia que me senti livre pra ser eu ao lado do meu pai. Pedi pra fazer 2 tatuagens de henna e ele deixou depois de relutar.

Uma foi o símbolo do meu signo: peixes! Muito significativo para aquele momento. Peixes representa a evolução final da grande jornada evolutiva do ser.

A outra foi uma clave de Sol. Música. O que é meu pai e eu desde o ventre de minha mãe.

Oceano. Música de Djavan que começou a tocar na hora que fomos almoçar. Prestei atenção nessa estrofe:

"Ninguém sabe o que eu sofri...
Amar é um deserto e seus temores
Vida que vai na sela essas dores"

E voltei a viver o dia.

Eu gosto de símbolos e de tornar um momento significativo em todas as suas pequenezas, minha mente funciona assim e não há como mudar.

Falei tudo isso pra dizer que nesse momento, dia 31 de julho de 2024 eu estou sentindo a cal(mar)ia invadir meu corpo.

Sinto que vou conseguir voltar a(mar) a vida.

A (Mar)iana vai florescer.

Hoje aprendi que assim como a lua tem suas fases eu também tenho as minhas. Associei essa informação a um ensino acadêmico:

"O movimento de subida e descida das águas em relação à costa é conhecido como maré. A maior responsável pela movimentação das águas dos oceanos são as fases da Lua."

Eu sou como o mar e depende das fases que preciso passar para definir a entrega.

Hoje uma irmã que conheceu durante uma missão me mandou uma mensagem sobre eu ser como a lua. Durante o dia todo conversei com pessoas mais que especiais pra mim. Todas me falaram sobre fases da vida e que essa era apenas uma delas na minha. Sou tão grata pelo Senhor está preparando um caminho repleto de alegria para mim.

Minha terapeuta me explicou sobre as fases do ciclo menstrual e que isso afeta diretamente meu humor.

Meu presidente de missão em Maceió me falou sobre a importância de passar por certas fases difíceis e que elas que nos fazem crescer.

Minha tia destravou memórias de uma fase minha.

Minha grande amiga me contou sobre a fase incrível e turbulenta que ela está vivendo após uma missão.

Meu presidente de estaca me contornou uma fase difícil da vida dele onde não perdeu que teria fim. E teve.

Meu bispo lembrou da fase em que minha família morava em um lugar diferente e comprava pão de mel com ele. Eu vendia esses pães de mel na escola. Eu tinha 13 anos.

Lembrei do trecho do Livro de Mórmon onde um pai diz a um filho:
"Tu poderias ser como este rio, continuamente correndo para a fonte de toda retidão!"

Eu quero ser como o rio, como o mar, como a piscina e correr continuamente.
Não mais usá-lo para acabar com a minha dor.

Quero ressignificar e já estou nesse processo.

Decisões

 Aos 18 anos decidi ir para a missão de ensino pela A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias com a duração de 18 meses.


Aos 19 anos sofri alguns traumas que desencadearam a depressão em mim e desisti de servir missão.

Aos 20 retomei meus planos de servir. Me preparei durante 2 anos. Fiz tratamento psicoterapêutico e psiquiátrico e tive alta.

Aos 21 anos fui chamada para servir na missão Brasil Maceió que agrega o estado de Sergipe e Alagoas.

Aos 22 anos iniciei minha missão e tive a oportunidade de passar por lugares incríveis, conhecer pessoas maravilhosas e ensinar o evangelho de Jesus Cristo. Obtive experiências significativas e cruciais para minha vida pessoal e profissional durante 12 meses no Nordeste.

Aos 23 anos e com 12 meses de missão tive uma piora significativa em meu quadro depressivo e precisei retornar para São Paulo.

Decidi continuar servindo como missionária apesar das dificuldades e sou muito grata por essa decisão.
Apesar de meus esforços não consegui servir da forma que gostaria e recebi a designação como missionária de cuidar exclusivamente de minha saúde mental.

Desde então sigo em um tratamento psicoterapêutico com a psicóloga Kátia Lima e um tratamento psiquiátrico pelo Doutor Consulta.

Me sinto grata por ter uma rede de apoio e não estar desamparada nesse momento delicado de minha vida!

Mudanças

 Eu me mudei 10 vezes na minha vida.

A 1° mudança aconteceu e eu era bebê, pouco mais de 1 ano, mas foi uma mudança significativa para meus pais e o aperto no peito respingou na Mariana bebê.
A 2° mudança aconteceu quando eu tinha já 3/4 anos. Dessa eu lembro vividamente, lembro da gente empacotando as coisas, lembro do cheiro de casa vazia, do eco que minha voz fazia naquela sala que pra mim foi cenário de muitas aventuras. Lembro do caminhão "imenso" da mudança, lembro do Rogério, amigo da família que foi lá pra ajudar. Lembro de ter sentado no banco da frente do caminhão e daquele sentimento de recomeçar. Lembro do nó no estômago por deixar meus amigos daquela rua e minhas vizinhas que tanto cuidavam de mim quando minha mãe engravidou da Marina e entrou em depressão. Lembro que elas eram minhas mães por 1, 2 ou 3 dias porque minha mãe não queria estar comigo. Ninguém sabe que eu lembro disso mas eu lembro vividamente de muitos detalhes. A casa que ficava cheia nos aniversários, cheia de amigos do meu irmão, cheia de música e dança, cheia de vida. Ela ficou vazia e eu fiquei vazia.
É claro que na época não sabia expressar tudo quEu me mudei de casa de casa 10 vezes desde que nasci. O motivo? Falta de $ e a raiva ou orgulho que meu pai sente, mas gosto de pensar que ele só tentou fazer o melhor dele em todos os casos porque meu pai tem um coração bonito e ele não faria isso de propósito sabendo dos malefícios que poderia causar a família, em particular, a mim. Você já conversou com meu pai e conheceu um pouco da peça rara que ele é. Naquele dia foi a primeira vez que ele se abriu sobre essa parte da vida dele, pelo menos foi a única vez que eu estava presente pra ouvir os motivos dele de tantas mudanças.
As mudanças que me refiro agora não são só de casa. Tive que passar por mudança de classe social, de escola, de ala, de ambiente...E de outras coisas que nem me lembro direito mas todas foram muito significativas e eu senti a perda delas.
Essas mudanças de casa começaram a acontecer antes mesmo da Marina nascer, eu era uma bebê na 1° delas mas sei que foi significativo pros meus pais mudar daquela casa porque minha mãe registrou toda essa parte da minha vida e mesmo não lembrando vividamente, sei que esse
e acabei de expressar e só me dei conta dessas coisas mais tarde. Ao chegar na nova casa, que inclusive é a casa da minha avó, eu fiquei muito animada! Minha irmã estava chegando também e iria preencher o vazio que eu sentia, eu imaginava. Eu poderia ter minha família feliz e de quebra uma bonequinha humana pra cuidar, uma bebê reborn só pra mim.
É claro que não foi bem assim.
A mudança trouxe sentimentos novos para aquela casa. O ar era diferente. Meus pais estavam menos presentes pra mim. Eles pareciam preocupados demais e olhando pra trás eu reconheço que estavam preocupados mesmo. Meu pai tinha perdido o emprego e estava procurando uma renda nova, minha mãe iria parir uma criança que os médicos falaram que teria síndrome de Down e algumas complicações, ela estava se recuperando da depressão pré-parto. Teríamos que dividir aquela casa com mais 2 pessoas que logo se tornariam 3.
Lembra aquela casa onde fiz uma festa após meu chá missionário e a festa varou a noite? Era a casa dos meus tios, eles tinham recém construído aquela casa do 0 e gostavam de receber convidados então receberam bem a idéia de receber 40 pessoas desconhecidas pra eles mas já que eram amigos da Mari eles ficaram animados com a idéia.
Até eles construírem a casa dos sonhos eles moravam na minha avó também. De favor. Diferente de nós, que tínhamos que pagar. Minha tia estava grávida do meu primo naquela época e não preciso nem explicar o motivo dela estar muito estressada. Meu tio trabalhava como um maluco pra prover o necessário pra minha tia, ele era a personificação do estresse e isso incutiu diretamente na minha mãe de uma forma gradual então se tornou um inferno morar ali.
Nunca havia ouvido gritos de raiva vindos da minha mãe e nem do meu pai mas lembro nitidamente que esses gritos se tornaram parte do meu dia a dia depois que minha irmã nasceu. Minha ansiedade começou aí.
Não vou me prolongar tanto mas outra coisa que me influenciou muito foi o ambiente que aquela casa estava inserida. Era dentro da favela. Eu comecei a ouvir os meninos na rua falando muitos palavrões e prestava bastante atenção neles, eu ouvia muito funk, toda noite eu ouvia muitos gritos da igreja que ficava de frente pra nossa casa e após um período eu comecei a estudar em creches locais com muita influência do ambiente. Me tornei uma mini cria de favela.
Após alguns anos do nascimento da minha irmã a minha mãe começou a trabalhar em uma pizzaria enquanto meu pai trabalhava fora mas como toda família pobre, ela não tinha dinheiro pra contratar uma babá.
Era eu e minha irmã "no quarto mais alto da torre mais alta". Minha mãe ensinou:
- Se alguém se machucar você liga pra esse número > 1 93. Não abra o portão pra ninguém. Dê o leite da sua irmã em tal horário, se ela tiver fome dê comida.
E iam buscar o sustento da família. Eu tinha 5 anos e minha irmã tinha 2. O tempo passava diferente quando éramos crianças então durou uma eternidade ficar sozinha com minha irmã até o dia que eu tive minha 1° crise de pânico porque minha irmã não parava de chorar... E depois de sentir o desespero eu comecei a gritar, chorar e andar pela casa desesperada. A vizinhança inteira ouviu e descobriu que 2 menores de idade ficavam sozinhas.
Meus pais foram notificados do ocorrido e tcharãaaam. A era uma babá quase perfeita começou. Minha mãe pegou 2 irmãs que eram nossas vizinhas, ambas menores de idade, pagava uns trocados pra elas e pronto. Nossas babás: Lara e a irmã dela. Eu amava! Elas eram divertidas, não lembro nitidamente mas lembro do alívio que eu senti por não precisar ser responsável por tudo. Não lembro o motivo mas as irmãs pararam de cuidar de nós. Alerta nova babá: a fumante. Eu não lembro o nome dela mas sei quem é se eu ver hoje, ela ficou um tempinho cuidando de nós, não lembro de minha interação com ela, não lembro de muitas coisas, na real mas lembro que ela fumava muito e mesmo que fosse o mais longe possível de nós a casa ficava com um cheiro esquisito. Eu não curtia muito essa parte. Não lembro de nenhuma babá depois dela. Lembro da minha mãe! Ela começou a ficar em casa denovo cuidava do Gustavo, meu primo que nasceu 3 meses depois da Marina. Minha mãe fazia o melhor que podia. Ela era minha super heroína! Meu pai começou a ganhar bastante dinheiro, pagou as aulas de motorista e comprou um carro. Não precisava mais ir pra escola de perua, minha mãe que levava nós pra escola, a Marina começou a estudar comigo. Minha mãe era a mãe legal, era divertido andar de carro com o som alto e a toda velocidade. Conhece Velozes e Furiosos? Minha mãe se inspirava no Dominic Toretto toda vez que pegava no volante.
Meu gosto musical se formou naquele carro.
Ela começou a levar o Gustavo e mais 2 meninas também. O nosso carro virou a perua. Eu tinha meus 6/7 anos e vivi esses anos sendo mais feliz, lendo muito, construindo memórias boas apesar dos pesares mas quem não tem pesares. Eu me sentia melhor.

A infância é a parte mais importante da vida de um ser humano... (Continuar)

Cristo

 Toda situação me faz lembrar de algo e hoje minha vida atual me fez lembrar que certa vez durante minha adolescência eu estava estudando pra um discurso que daria na sacramental e me deparei com aquela velha história do homem que estava se afogando em mar aberto e um navio veio, o comandante ofereceu ajuda "venha, venha, vamos te salvar desse mar perigoso" e o homem ilhado respondeu "não precisa, Deus vai me salvar" e isso aconteceu repetidas vezes até que o homem foi tragado pelo mar e o inevitável aconteceu.

Não lembro o contexto do discurso e o porquê comecei contando essa história, só lembrei dessa parte da história mas por coincidência ou não, a mesma história é contada em um filme que eu amo chamado "A Procura da Felicidade" e o fim é que o homem chega no céu e se encontra com Deus então ele pergunta "por que Você não me salvou?" e Deus responde "eu enviei navios pra você..."
Aprendo 2 coisas com isso:
1. O homem não soube reconhecer a mão de Deus e pagou o preço por isso.
2. O homem não foi humilde o suficiente pra aceitar a ajuda alheia.
Isso é tão triste e tão real.

Hoje me deparei com uma pergunta ao revisar o MyPlan: que atributos semelhantes aos de Cristo o Senhor te ajudou a desenvolver [durante a missão]?
Acredito que assim como eu, você conseguiu pensar em algumas situações da sua vida ou aí do CTM onde você precisou desenvolver alguns dos atributos do capítulo 9 do PME. Não? Então reflita um pouco mais. Dou 5 minutos se precisar.
Minha resposta foi bem clichê: fé, caridade e paciência. Nunca fui boa em analisar meu crescimento espiritual então fiquei pensando nisso por um tempão.

Não lembro exatamente onde li enquanto estava na missão então estudei sobre o atributos de Cristo agora e encontrei um discurso chamado "Escolhas" que resume bem o que estou tentando exprimir. Aprendi na missão de proselitismo que nós desenvolvemos um atributo de Cristo quando nos deparamos com uma situação difícil onde precisamos escolher "o certo mais difícil em vez de fazer o errado mais fácil" ou entre o "bom, muito bom e excelente" e só vamos perceber o quanto aquele pequeno momento nos moldou quando tomar a decisão certa/excelente se tornar automático pra nós. Exige prática pra tomar essa decisão certeira de forma rápida, pelo menos na minha mente, quero sempre acertar e fico extremamente pistola quando erro mas tenho relembrado que graças a Expiação de Jesus Cristo não preciso ficar ansiosa em ter que acertar toda hora porque o arrependimento existe e mesmo depois de cair na real de que tomei uma decisão não tão boa o Senhor "me permite corrigir o curso, para que eu volte ao caminho certo."
Spoiler alert: meu lugar de fala é de alguém impulsivo então a decisão mala é a escolhida na maioria dos casos, é um processão amenizar isso e que treta... Desabafei, tô até mais leve :)

Voltando a história do homem ilhado. Faltou um pouco de humildade naquele caso e no meu caso falta bastante humildade quando eu tomo a decisão "errada mais fácil" e muitas vezes me questiono do por quê.
As escrituras me responderam: "porque o homem natural é inimigo de Deus e tem-no sido desde a queda de Adão e sê-lo-á para sempre" e eu fiquei horrorizada e ansiosa por saber que nós vamos viver errando repetidas vezes, até hiperventilei nessa hora e fechei o Livro de Mórmon, parei por um tempo e tomei coragem pra continuar. Mais adiante a escritura diz: a não ser que ceda ao influxo do Santo Espírito e despoje-se do homem natural e torne-se santo pela expiação de Cristo, o Senhor; e torne-se como uma criança, submisso, manso, humilde, paciente, cheio de amor. Que alívio invadiu meu coração, minha ansiedade quase foi embora por saber disso mas pera, como que eu vou desenvolver essa penca de atributos de uma vez? A vida é difícil, não vai dar, tem muita tribulação.
Mais adiante o Senhor me responde como farei isso: disposto a submeter-se a tudo quanto o Senhor achar que lhe deva infligir, assim como uma criança se submete a seu pai.

Então é esse o segredo! Ver a mão do Senhor até nas aflições e me submeter a todas elas sem reclamar, igual quando eu era pequena e meu pai só dava as ordens e eu obedecia. Vou conseguir desenvolver os atributos de Cristo step by step e pronto. Tudo ficou mais claro pra mim, e pra você? Na teoria, sim. Na prática? Só vivendo pra saber.

Ok, ficou claro mas eu preciso de mais informações pra me sentir tranquila e segura de que vou conseguir passar pela mortalidade sem desistir no meio do caminho então encontrei um artigo da Liahona chamado "Existem anjos da guarda?"
Aprendi de que no meio desse percurso seremos ministrados por anjos, igual Jesus Cristo quando estava sofrendo no Getsêmani. O Espírito Santo vai nos consolar, esse é literalmente o propósito dele. Mas eu ainda preciso de mais... Até eu briguei com minha mente e pensei: caraca, quer mais o que?¿
Aprendi em outro discurso intitulado "Eu Acredito em Anjos" que podemos receber anjos igual o ilhado que recebeu-os em forma de comandantes do navio pra salvar ele, igual nós em vários momentos de caos onde um amigo abafou o barulho ao nosso redor, nos ouviu e até nos tirou do caos por um momento. No discurso tem uma parte que diz: "Quando se trata de sua felicidade e salvação, sempre vale a pena continuar tentando [...] O Senhor sabe das dificuldades que vocês estão passando. Ele conhece vocês, Ele os ama, e prometo que Ele enviará anjos para ajudá-los."
Anjos existem, de carne e ossos e você pode ser um anjo aí no CTM e é óbvio que será no Japão, você já sabe muito bem se portar como um então deixe o Senhor te usar pra esse feito sempre que possível, claro, impondo os limites de até onde você pode ajudar, exige cautela, eu ainda não entendi muito bem o uso do limite de ajudar alguém mas como falado anteriormente: exige prática pra tomar a decisão certa. Capisci? Sei que você captou.
Isso vai te ajudar a desenvolver os atributos de Cristo a cada momento e te tornará um missionário mais consagrado sem que você perceba. Ou que perceba mas sem ser GH porque ninguém merece um GH. Só precisam perceber o quanto você resplandece a luz de Cristo.

7

 Chegou o dia mais importante da sua vida! Antes de tudo, um fato curioso: você sabia que hoje é comemorado o dia do leitor?

Eu sempre comemorei esse dia porque aqui jaz uma leitora voraz e agora se tornou double especial, tão especial quanto o double Du que eu conheço.

Estive pensando em números. Gosto do dia 7 de cada mês. Na numerologia o número 7 representa a perfeição de Deus.
Ele representa perfeição divina, totalidade, conexão espiritual, bênçãos, proteção divina e conclusão.
Você foi designado como missionária dia 7 também, isso com certeza tem um simbolismo. (Fonte: da minha imaginação)
Além disso, o 7 também representa a busca pelo conhecimento. 7 é o seu número, com certeza. Pitágoras, o pai da numerologia e afirmou que o número 7 é poderoso e sagrado.
É o número o mais presente em toda filosofia e literatura sagrada desde tempos imemoriais até os nossos dias. Aprendi isso em Harry Potter, eu tenho hiperfoco em Harry Potter então consumi muito e lá o número 7 tem mais de 100 simbologias e aparições.
Não sei o motivo de amar saber o significado das pequenas coisas mas é isso.

Aliás, você tem um número preferido? Se não tem, pode ser o 7.

A título de informação, o meu é 2 porque eu nasci dia 22/2 e meus aniversários preferidos foram o de 1 ano (22/2/2002) e o de 21 (22/02/2022) então eu gosto do número 2. Desenhar era um hobby na minha infância e o 2 era a base pra desenhar um cisne e eu amava a história do patinho feio então sempre desenhava um cisne. Faz sentido? Isis é uma combinação e advinha? Uma nome com 2 letras em comum que formam o nome inteiro. Uma metade e um inteiro ao mesmo tempo. Viajei na batatinha aqui? Sim, mas farei até chegar no X da questão então acostume-se.

Na faculdade aprendi que o número 2 é, segundo as leis da numerologia, aquele que traz o equilíbrio a uma realidade dual.
O dualismo é uma visão filosófica que afirma que a realidade é constituída por duas partes que não podem ser reduzidas uma à outra. É o pensamento através do qual se concebe a coexistência de dois princípios antagônicos.
Isso realmente faz muito sentido pra mim. O dualismo afirma a existência de Deus. Como? Uma de minhas partes favoritas do Livro de Mórmon: 2° Néfi 2 explica isso:

"Porque é necessário que haja uma oposição em todas as coisas." Isso é dualidade.

"Portanto, é preciso que todas as coisas sejam compostas em uma. Pois se fossem um só corpo, deveriam permanecer como mortas," Isso é dualidade.

E o versículo 12 diz: "Portanto, teriam sido criadas em vão; portanto, não haveria propósito na sua criação. Portanto, isso destruiria a sabedoria de Deus e seus eternos propósitos." Isso é Deus.

O dualismo tem influência no cristianismo. Criação de homem e homem é criação de Deus. Xeque mate.
Comprovou que Deus existe.

Em Alma 30:44 diz “Todas as coisas mostram que existe um Deus; sim, até mesmo a Terra e tudo que existe sobre a sua face, sim, e seu movimento, sim, e também todos os planetas que se movem em sua ordem regular testemunham que existe um Criador Supremo”

Deus está nos números, está nas filosofias antigas, está em você e está em mim.

Li algo esses tempos que é mais ou menos assim "seja o motivo pelo qual alguém acredite que a bondade ainda existe." e me atrevo a mudar essa frase ⁠para "seja o motivo pelo qual alguém acredite que Deus existe."

Você é essa pessoa pra mim. Eu acredito que a bondade ainda existe por causa da sua bondade e acredito ainda mais na existência de Deus por conta de sua existência. Um dia discorro mais sobre isso.

Voltando aos números, eu comecei falando deles porque aí na missão você deve estar se deparando com muitos números. Eu levei um choque com isso quando cheguei porque pensei "as pessoas são resumidas a números?" porque me foi apresentado de uma forma bruta por meu 1° presidente de missão então o meu 2° presidente me apresentou de uma maneira mais delicada e amorosa, ele é um grande contador e empresário então lidou muito com números durante a vida profissional, ele amava falar sobre números em qualquer oportunidade.

Ele disse que tinha 7 filhos e os filhos se resumiam ao número 7 diversas vezes. Isso porque quando eles saiam em família tinham que sempre contar as crianças... 1, 2, 3, 4, 5... faltam 2... achei... 6, 7... Pronto, todo mundo aqui! Ele sabia o nome de cada um, ele tinha amor por cada 1 individualmente e de forma exclusiva mas numerar era uma forma de contagem mais organizada. Sabia que o desenvolvimento da contagem levou ao desenvolvimento da escrita? Os números mudaram o mundo. Dito isso, os líderes da igreja usam os números pois é a maneira de contagem universal, organizada e precisa para acompanhar o crescimento exponencial de membros da igreja. É um IBGE santo dos últimos dias.
Na missão usamos o mesmo padrão para estabelecer metas e conseguir visualizar melhor o campo branco pra ceifa. Isso fez total sentido e combinado com o estudo do PME foi o que me ajudou a ser uma missionária melhor e usar os números a meu favor.
No capítulo 1 tem uma citação que diz: "Não pregamos e ensinamos para ‘trazer pessoas para a Igreja’ ou para aumentar o número de membros da Igreja. Não pregamos e ensinamos apenas para persuadir as pessoas a terem uma vida melhor. (…) Convidamos todos a achegarem-se a Cristo pelo arrependimento, pelo batismo e pela confirmação para abrir as portas do Reino Celestial aos filhos e às filhas de Deus."

Como viemos parar aqui mesmo? Tudo começou falando do número 7 porque hoje é seu aniversário. Você é o número 7 por muitos motivos.
Tem um desenho com uma origem meio macabra chamado "Os 7 Monstrinhos" e eu lembrei de você assistindo ele porque tem uma ligação com o holocausto de forma subjetiva, ou não, depende muito da mente do palhaço e você é um pouco fissurado nesse assunto então lembrei de você imediatamente e é logo o monstrinho 7 que traz a tona o assunto do holocausto pro desenho, relaxa, não estamos falando sobre aparência física porque o 7 é desnutrido de tão branco, nada a ver com você. Eu viajei legal agora, foi mal. Eu gosto da pequeneza das coisas que você deixou em mim. A famosa frase clichê "o aniversário é seu mas quem ganhou o presente fui eu" cabe nesse momento porque estar "presente" pra te parabenizar é uma enorme dádiva. Obrigada por só ter deixado coisas boas aqui, eu serei eternamente grata por isso. Poderia rasgar mais elogios mas como dizia Yudi do PlayStation, abaixa o seu ego e me escuta pela humildade? Brincadeiras a parte. Você já sabe de quase tudo então não vou me prolongar, não seja skeptical dessa vez. I truly appreciate you.

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